terça-feira, 23 de abril de 2013

Rio 2016 sem as bicicletas do Itaú!

"Como se sabe, o Brasil sediará nos próximos anos uma série de grandes eventos desportivos, entre eles a Copa das Confederações FIFA 2013, a Copa do Mundo FIFA 2014 e as Olimpíadas de Verão Rio 2016, fato este que tem posto o país em posição de destaque em todo o mundo, chamando a atenção tanto de torcedores como de investidores.
No entanto, do ponto de vista jurídico, poucos sabem o que realmente se esperar durante a realização destes eventos, cujos organizadores estão cada vez mais preocupados em implementar uma forte repressão à prática comumente conhecida como marketing de emboscada.

O nome já aterroriza os organizadores e patrocinadores oficiais de eventos a anos, e consiste em uma estratégia de marketing através da qual se daria uma associação indevida a determinado evento oficial, praticado por um anunciante com interesse em angariar vantagem econômica decorrente do esforço/investimento alheio, sem ter este despendido qualquer contribuição econômica, aqui visto na forma de patrocínio, para tal evento.

Para se ter uma amostra do problema, pode-se citar como exemplo a campanha publicitária do Banco Itaú de aluguel de bicicletas, que consiste na criação de diversos pontos ao redor da cidade em que os correntistas podem alugar bicicletas que são identificadas pela marca e cor laranja do Banco, o que, além de tocar em pontos como bem estar físico e consciência ecológica, transformou os seus usuários em verdadeiros outdoors ambulantes.

Ocorre, porém, que as Olimpíadas de Verão Rio 2016 serão patrocinados pelo Banco Bradesco, um concorrente que certamente não vai querer ver as bicicletas laranjas circulando pelas ruas e, principalmente, nos arredores dos eventos oficiais.

A questão levanta discussões acerca do alcance das normas atinentes ao marketing de emboscada, que estão criando conflitos de direito.

Uma coisa é certa, os organizadores não irão poupar esforços para tentar reprimir toda e qualquer prática que seja por eles considerada como de associação ilícita. Por isso, vale ficar alerta. Afinal, se em tempos em que o esporte deveria ser estimulado, até andar de bicicleta pode configurar uma prática ilegal aos olhos do Comitê Olímpico Brasileiro, é mais do que nunca importante estar por dentro das regras do jogo para se evitar uma eventual expulsão do campo."
 

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