A Agência Mundial não explicou os
motivos que levaram à punição ao Laboratório de Apoio ao Desenvolvimento
Tecnológico, que é ligado à Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O
Ladetec seria o responsável por analisar todas as amostras dos jogadores que
participarão da Copa do Mundo
de 2014, daqui a 10 meses. Em 2016, o laboratório estará ainda mais em
evidência em razão dos Jogos
Olímpicos.
"A suspensão, que se torna efetiva a partir deste 8 de agosto, proíbe o
laboratório de realizar qualquer atividade antidoping relacionada à Wada",
registrou a entidade, em nota oficial. A Wada informou que poderia "revogar" a
credencial do laboratório do Rio em reunião do seu Comitê Executivo.
Sem anunciar os motivos da suspensão, a entidade se restringiu a reiterar seu
compromisso com o "alto padrão de qualidade" dos laboratórios. "A Wada é
responsável por credenciar e recredenciar laboratórios antidoping, garantindo
que eles mantenham alto padrão de qualidade. Toda vez que um deles não alcança o
padrão exigido, a Wada pode impor a suspensão".
Trata-se da segunda punição aplicada ao Ladetec em pouco mais de um ano. Em
abril de 2012, a Wada proibiu provisoriamente o laboratório de realizar exames
de IRMS (espectrômetro de massas de medidas de relações isotópicas), um dos
testes mais avançados para detectar substâncias proibidas.
A sanção se deveu à falha no teste de Pedro Solberg, jogador de vôlei de
praia flagrado em exame realizado em 2011. Após protesto da Federação
Internacional de Vôlei, o Ladetec refez o teste, que deu negativo. O atleta
acabou sendo absolvido da acusação de doping. Agora, o laboratório tem três
semanas para solicitar recurso contra a nova suspensão aplicada pela Wada.
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